Evolução ponderal de idosos internados para o tratamento da obesidade

BRAGA, S.; LEAL. V.M.; FREITAS-SANTOS, L.; ARAÚJO, T.T. 

Objetivo: Esse artigo visa demonstrar a evolução ponderal de idosos, internados para tratamento clínico da obesidade, no período de 2011 a 2013. 

Métodos: Trata-se de um estudo transversal, onde 88 obesos idosos, de ambos os sexos, internados na Clínica da Obesidade, Camaçari, Bahia, acompanhados no período de 2011 a 2013. Os pacientes foram submetidos ao regime de internamento. As intervenções adotadas incluem restrição calórica, com dieta de 500 a 1000Kcal/dia, prática diária de atividade física, incluindo musculação, treino aeróbico e hidroginástica, além de uma verdadeira transformação comportamental, conduzidas por uma equipe de psicólogos. O trabalho é transdisciplinar e há abordagens através de grupos terapêuticos, que incluem aula de Yoga e autoconhecimento. Os pacientes ficaram internados por período que variou de 30 a 90 dias, os dados de peso foram registrados ao final de cada mês e tabulados. A análise estatística foi realizada aplicando o teste de Friedman ao nível de significância de 5%. 

Resultados: As variáveis observadas apresentaram significância estatística (p<0,05) no que diz respeito à mudança de peso, perda ponderal e redução do Índice de Massa Corporal (IMC) ao longo de todo o tratamento. Em nenhum momento houve retrocesso ou estacionamento do peso, sendo observado um decréscimo do peso ao longo dos períodos observados. A perda de peso nos pacientes avaliados apresentou-se contínua, sendo que entre o 10° ao 30° dia de internação foi observada maior perda ponderal relativa. O comportamento da mudança de peso, perda ponderal e IMC durante o período avaliado foi similar para o grupo das mulheres aos apresentados nos resultados gerais. 

Conclusão: O tratamento estudado apresentou resultados animadores com significância estatística, portanto poderá ser indicado como método de intervenção para o tratamento da obesidade em pacientes idosos, visto que nessa faixa etária, o risco de um tratamento cirúrgico é maior.